quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

El Campo

Chegamos depois de 2 horas de viagem (com 3 horas de sono por causa do Carnaval da noite anterior), 1 delas por estrada de terra, com uma condutora que adoro mas que nao passou dos 50Km/h, mas a paisagem e o isolamento do caminho faziam já adivinhar a grandiosidade do sitio...ainda assim nao estávamos preparados para o espírito do que se ia viver.

Depois de estacionado o sobrevivente opel corsa (que precisa de reabastecimentos de água diários, verificaóes de óleo constantes e cujos limpa-parabrisas nao funcionam) bem de frente para o campo onde estavam os cavalos, olhámos à volta e repirámos fundo... Uma casa com alpendres enormes, o forno e o churrasco para o "asado" (que ocupam uma parede!), a piscina e campo...apenas campo a perder de vista...um mar de verde!
Largamos as mochilas e vamos, com as nossa queridas anfitrias Argentinas conhecer os donos da casa 8o aniversariante) e os outros 50 convidados.
É incrivel a uniao que se sente entre todos. Familia, amigos e amigos dos filhos e... estrangeiros como eu, a Marlies e o Joris. Como todos sao bem recebidos e acarinhados, sem qualquer cerimónia, como se fizessemos parte de tudo aquilo... Como 50 pessoas com idades entre os 14 e os 70 anos convivem em harmonia. Como se partilham experiências , discute politica enquanto um jogo de truco se desenrola ao lado, joga volley, roda um Mate e maes e filhas discutem o silêncio do amigo solteiro que parecia bem para as amigas solteiras (uma tripla de idades compreendidas entre os 58 e os 63), ou como se canta sobre 2 guitarras e declama poemas Riojanos, dança no alpendre até às 4 da manha e depois se vai dormir, aos 7 de cada vez em cada quarto, com as tais Sras. solteiras a partilharem colchoes no chao com as miudas!

Dos 50 ficaram 30 para o dia seguinte, que decorre da mesma maneira, sem pressas, todos limpam o que ficou do dia anterior, gozasse com a dança deste, a borracheira daquele enquanto se acorda de vez. Agora vai um banho de piscina, um jogo de ténis (um ecaldao nas pernas), se descobre mais um bocadinho de quem ainda nao se conhece bem, enquanto se preparam as brasas para aquecer a carne...Até ao fim do dia, quando nos viémos embora, sobre muitos protestos de que deviamos ficar até ao dia seguinte, exaustos, escaldados, mas com a sensaçao de termos vivido o verdadeiro espirito Argentino!

2 comentários:

  1. Que bom, adoro ler os teus posts, vai voltar tão cheia! :) beijinhos

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  2. Mas conta, Pipas,
    Como foste aí parar? Quem eram os donos da casa?
    Fazes cá falta!!!
    Beijinhos

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