Teve de tudo para correr mal... O Joris ficou sem máquina fotográfica e carteira na primeira noite (roubadas directamente dos bolsos, com as maos dele dentro dos mesmos!) e a Eliza na última, a tenda era de 4, para 5, às vezes 6, choveu como se o mundo fosse acabar, formou-se um rio de lama em frente á tenda (que miraculosamente sobreviveu imunda mas intacta), os autocarros eram esacassos, sobrepopulados e atrasavam, nao conheciamos as bandas e quase nao nos conheciamos uns aos outros e nao fazíamos a minima ideia no que nos estávamos a meter... E ainda assim, com poucas e mal dormidas horas de sono, com muito calor na primeira noite e muito frio nas outras 2, ensopados e sem água quente, puxámos uns pelos outros, gritámos as letras que todos os 50000 Argentinos à nossa volta conheciam, senti-mo-nos, como eles tocados por elas, saltámos até nao podermos mais, partilhamos litros de cerveja, choripans, conopizzas e panchos, chegámos a acordo quanto à melhor maneira de transportar a vodka, discutimos acesamente música fuebol e política com músicos de Buenos Aires (que nos ofereceram a casa...assim sao os Argentinos!), admirámo-nos com a coincidência do omnipresente Roberto, rimi-nos com os arranhoes misteriosos na testa do Joris (ainda por explicar até pelo próprio), a capaciade de negociaçao da Eliza (temos várias t-shirts resultantes deste fenómeno), os bigodes da Ross, o meu arbusto perfeito depois de convencido o segurança que tinha mesmo de ser já e os filmes alucinantes da Célia.
Ficam na memória Las Pelotas, Skay, Las pastillas del abuelo, Ciello razzo, Charly Garcia, mas principalmente tudo o que conseguimos ultrapassar e viver para, ao chegar a casa imundos, molhados, roubados , sem sentir as pernas e as costas, com olheiras até ao chao responder "Nos encantou!" cada vez que nos pergntaram " Como lo pasaron?"
Cansada,mas bem vivido não é filha?
ResponderEliminarBeijinhos
Mãe