sábado, 27 de novembro de 2010

Potosi 17-18 Novembro

Com a sorte de apanhar uma boleia (paga) de um dos jeeps que seguia para Potosi chegamos à cidade mais alta do mundo às 6 da tarde. Ainda cheios de pó trepamos ruas até chegar ao Hostel que queríamos.Os 4060m de altitude fazem-se sentir a cada 3 passos e toda esta cidade se distribui a subir a montanha.

Quando saímos para jantar já é escuro e estamos cansados, nao queremos ndar muito, mas surpreende-nos a vida que encontrqmos na rua.

No dia seguinte percebemos as cores, o movimento, a quantidade de escolas, de ecritórios de advogados e dentistas. Passeamos no meio dos edificios coloniais, das muitas igrejas e decidimos que gostamos da cidade.

A praça principal fervilha de gente. Mineiros, bandas, militares, locais.Descobrimos mais tarde que eram as celebraçoes do dia do Hino Nacional.

A tarde é passad debaixo de terra. Uma visita a uma das minas do Cerro Rico é uma experiência única, mas que nao quero repetir. 15 minutos lá dentro, enquanto começamos a descer ao segundo nivel achei que nao ia conseguir avançar mais. No meio do cinzento da falta de luz e do pó, enquanto o cminho se estreit para um túnel onde mal cabemos e pelo qual temos de rastejar o coraçao acelera e arespiraçao pede oxigénio que nao existe. Penso que se tenho de voltar para trás tenho de passar pelo mesmo e nao sei se aguento.

Páro 2 segundos, chupo mais forte nas folhas de coca que se acumulam na minha bochecha e, efeito psicológico ou nao, acalmo-me e sigo caminho.

Para lém da claustrofobia o que guardo mais na memória sao os mineiros com quem falámos, dos 15 aos 38 anos, a trabalhar em condiçoes sub-humanas que apenas diferem daquelas a que eram obrigados os escravos eos indios porque saem à noite para dormir em casa e recebem alguma coisa por esse trabalho.

morreram 80000 pessoas na época colonial e continuam a morrer hoje em dia, directa ou indirectamente dentro daquelas minas.

Saio estoirada física e psicologicamente. Tomo golfadas de ar e tento perceber porque se sujeitam àquilo e, principalmente, porque sujeitam os próprios filhos. Consigo perceber, mas nao aceitar.

Passamos a manha seguinte nas casa da moeda seguimos caminho.

Tupiza - Uyuni 14-17 Novembro

4 dias, 2 jeeps, 9 turistas, 2 condutores/guis, 1 cozinheira.

Dias de paisgens alucinantes, lagoas que parecem pintadas (de verde, de branco, de vermelho), desertos de areia e de sal, desfiladeiros e planaltos, montanhas que parecem pintadas tal é a perfeiço e quantidade de cores, e pó... muito pó!

Dormindas em casas básicas no meio do nada, como queríamos, debaixo de um céu imenso. Partiha de experiências em jantares às 7.30, que parecem 10.30 tal é o cansaço.

Aprendemos que estes passeios só começram à 15 anos porque antes tud aquilo se cobria de neve. Neve esta que, ao derreter forma as lagoas. Agora já nao existe neve, as lagoas estao a diminuir de tamanho e, muito provavelmente, em mais 10 ou 15 anos já nada disto vai existir. Faz-me sentir trite e sortuda, por ter a oportunidade de ainda o viver.

Chegamos o Uyuni estoirados, sujos e muito felizes!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tupiza - 13 de Novembro

Saímos de Córdoba directos à Bolivia. 24h e 2 autocarros mais tarde chegámos a Tupiza.

Terra da lenda do último assalto de Butch Cassidy e Sundance Kid foi uma boa introduçao ao país. Mudança radical de feiçoes, de cheiros, de arquitectura. Como paisagem, as Quebradas de Humauaca e Cafayate, na Argentina impressionam mais.

Ficámos apenas 1 noite, maravilhados com o que nos convém o Boliviano. almoço por 1,5 euros e jantar por 4. Hotel por 3,5e cada um.

No dia seguinte saímos para "O" tour.

Em La Paz

Só passou uma semana e meia desde que voltámos a sair de Córdoba, mas parece muito mais. Presumo que seja o movimento constante, a aprendizagem cultural, as diferenças de ambiente e paisagem em intervalos de tempo tao curtos!

Chegámos hje a La Paz. É uma cide louca. Ainda nao tneho tempo suficiente aqui; meio di e 2 voltas intercladas com uma sesta, mas é uma relaçao amor/ódio. A mais de 3000m de altitude espalha-se a perder e vista montanha acima e a baixo, com edificios coloniais misturados com prédios modernos e casas de adobe na periferia. Vê-se homens de negócios em fato completo e cholitas com traje indigena, um trânsito caótico e um pico nevado ao longe.

Nao conseguimos perceber como nos sentimos aqui...O Hostel é um colosso ocidental numa casa colonial. No é o que temos procurdo mas neste momento sabe-me bem!

Enquanto parámos nos degraus de uma igreja discutíamos as discrepâncias sociais destes países e aflíge-me nao conseguir vislumbrar nenhuma soluçao...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

De El Bolsón

Gosto de estar aqui...Gosto muito de estar aqui!

Gosto que seja tao verde e tao cheio de cor. Gosto que seja movimentado e pacífico ao mesmo tempo. Gosto deste Hostel (Refugio Patagónico), onde dá vontade de perder tempo, de relaxar. Gosto do contraste com as montanhas cinzentas a volta. Gosto de ter ido passear e ter parado numa quinta para comprar doce caseiro. Gosto de ir dormir num refugio depois de um treking de 5 horas amanha. Até gosto destes pássaros esquisitos com bicos gigantes, que fazem sons estranhos e que estao por todo lado, como pombos, mas muito mais interessantes. Gostava de ter mais tempo para perder aqui...

Chegámos cá vindos de Esquel, onde tivémos uma sorte desgraçada e conseguimos colar-nos a um grupo que estava no hostel e tinha alugado um carro para ir ao Parque Natural Los Alerces. Assim, ainda que exprimidos 4 no banco de trás de um opel corsa, tivemos acessos a zonas que nao teríamos tido de autocarro e a pé, e poupámos um dia numa cidade que nao tinha mais nada de interessante, porque o autocarro para lá já tinha saído nesse dia. Obrigado Ale e Ezequiel pela boa onda e disponibilidade e pelos conselhos para onde estamos agora.

A Esquel chegámos via a famosa Ruta 40 da Patagónia. Uma estrada só parcialmente (mal) alcatroada, que percorre os 2800km de EL Chaltén a Bariloche. Começámos a viagem de noite, mas quando acordei, as 6.30 da manha o autocarro tinha parado num "pueblo" (1 Hostel, 1 Café e 3 ou 4 casas) completamente em "terra de ninguém". Estepe Patagónica a perder de vista. Mantive-me acordada 1 hora depois disso, já em movimento e nao passámos por 1 único sinal de vida humana. Aliás, nas 25 horas de viagem passámos por 3 cidades, uma delas a descrita anteriormente.

Em El Chaltén iniciámos os treking a sério. Uma tarde de 2 levezinhos, 2 horas cada um e 20 km no dia seguinte, com muitas trepadelas e mudanças de cenário impressionantes. E ainda fomos brindados com uma vista total e descoberta do Fitz Roy. Quando achávamos que aquela nuvenzinha que ia rodando a volta do cume nunca o ia lagar, desapareceu!

Voltámos estoirados, directos a uma Quilmes fresquinha! A preparaçao perfeita para a viagem de autocarro que nos esperava!

E agora estamos aqui, prontos para mais uma caminhada e esperançosos que o nevoeiro que vemos no Cerro Piltriquitrón esteja melhor amanha, e que a cerveja artesanal do Lucas, do Refugio piltriquitrón seja tao boa como nos contaram...para acompanhar o por do sol sobre a vila e os lagos que vamos ver.