Já fez um mês. Ou ainda só fez um mês...o tempo parece-me cada vez mais relativo.
E neste mês já tive a dose habitual de noites mal dormidas que as mudanças/decisões têm provocado ao longo deste(s) ano(s). Agora voltei, mas voltei ao quê? Não pode ser ao mesmo, senão para que é que fui? Mas será que o ir tinha de ter um objectivo que implicasse mudanças no regressar? Não podia ter valido por si mesmo?
Quando fui, ou melhor quando fiquei por lá, achava que sim. De uma maneira radical. Agora vou decidir o que quero fazer depois. É um problema recorrente (é aliás o que me assalta agora e causa as insónias). Ainda não dei este passo e já estou a pensar em todos os outros a que ele me pode levar e as escolhas que posso ter de fazer e como ainda não dei este não sei quais vou querer dar depois e portanto não sei se quero dar este e assim por diante... felizmente é um ciclo que se quebra ao fim de alguns dias e apesar do pânico inicial nunca me impediu de dar realmente o tal passo (estão perdidos?...pois, aí está!)
Mas já percebi que nem a experiência valeu por si só, nem é assim tão grave voltar ao mesmo. No fundo é uma mistura dos dois. A experiência não valeu sozinha porque me mostrou que, ao contrário do que pensava, não me importo de voltar ao que fazia, mas em condições diferentes. E vivi algo em que já tinha pensado muitas vezes mas nunca tinha tido a coragem de fazer.
A minha vida nunca mais vai ser a mesma, e isso é bom. Tenho outras prioridades e, mais do que isso, outra motivação para lutar por elas. O meu único medo é, no meio da "normalidade" poder esquecer-me disso.
E por isso às vezes não durmo...
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